Por favor quero descer do Avião.
Há pelo menos seis anos um modismo assola o estado da Paraíba e se espalha pelos outros estados. Trata-se do movimento “Forró Fuleragem” capitaneado e fundado pela Banda Aviões do Forró.
Antes que você leitor possa me interpretar mal eu explico, creio que no ano de 2000 mesma época em que era técnico de gravação em um estudio musical de João Pessoa-PB, começava o referido levante que em seu ínicio era uma novidade de certa forma pitoresca e até me arriscava ir aos shows como forma de me atualizar no gênero que se espalhava rapidamente. Passado quase um ano e meio depois o mesmo ganhou proporções alarmantes e nesta fase aproveitei minha passagem pela Rádio 106 Fm em Olinda-PE até para absorver outras culturas.
Já apresentando um programa matinal na emissora me deparo com outra febre modistica a do “Brega Pop” que diferente da insurreição paraíbana tinha vários lideres como Banda Labaredas, Camelô, Brega.com entre outras. A diferença vai além do ritimo em questão, no movimento da terra do Leão do norte, a palavra de ordem é o amor, desde o relacionamento que da certo ao mal do chifre. Na Paraíba os Forrós falam da mulher como objeto e de maneira muitas vezes machista. Pensando nisso eu me pergunto – Cadê aquele movimento feminista da década de 80 que transformou a nação garantido os direitos iguais das mulheres?
Esta semana conversava sobre os modismos com meu amigo e colega da época da 106 Fm Beto Costa pelo Msn, ele me relatou que o brega lá saiu de moda, não que tenha acabado pois o brega é uma filosofia de vida para muitos, mas, aquela coisa de toda esquina ter uma banda acabou. Ai me vem outro questionamento – Porque o Forró fuleragem persiste?
Muitos colegas meus diriam é porque toca na rádio direto, outros diriam que os shows são cheios de mulheres além das bailarinas com roupas curtissímas, e, antes que alguns deles digam “tu não gosta é da fruta”, eu respondo gosto sim e sou admirador delas e, vou mais além o que seria de nos homens sem elas? O que eu não concordo é com essa cultura de apelo sexual, de letras que falam nada e com profunda falta de inteligencia.
E respodendo a questão da persistencia eu digo, a culpa é das proprias rádios em coluio com os empresários dessas bandas. Ai vai a dica pra quem está querendo que sua banda bombe, vá até o dirigente da emissora e pague um periodo de execussão das musicas do seu artista, depois desse periodo os ouvintes terão a leda impressão que sua canção é a melhor do mundo. (mesmo com aqueles gritos irritantes do tipo “Riquelme...” ou “Solanja”)
Pratica repudiada por muitos como Lobão combatente veemente deste mercado e vende suas obras no mercado alternativo e sem divulgação em emissoras.
Não digo com isto que todas as emissoras fazem isso e que todos estes empresários usem este tipo de acordo comercial, mas, digamos sua maioria sim, o que tira de você meu amigo a opção de escutar o que quer, e até de matar as saudades do bom e velho Forró de Luiz Gonzaga, Trio Nordestino e Marinez.
É por essas e por outras que clamo - “Por favor quero descer do Avião.”
Marcos Cunha
Radialista Profissional, apresentador do Jornal Cidade(Difusora Canaã), Expresso das 8 e Dance Mix(Diário Web).
marcos@diariodeitabaiana.com.br
Há pelo menos seis anos um modismo assola o estado da Paraíba e se espalha pelos outros estados. Trata-se do movimento “Forró Fuleragem” capitaneado e fundado pela Banda Aviões do Forró.
Antes que você leitor possa me interpretar mal eu explico, creio que no ano de 2000 mesma época em que era técnico de gravação em um estudio musical de João Pessoa-PB, começava o referido levante que em seu ínicio era uma novidade de certa forma pitoresca e até me arriscava ir aos shows como forma de me atualizar no gênero que se espalhava rapidamente. Passado quase um ano e meio depois o mesmo ganhou proporções alarmantes e nesta fase aproveitei minha passagem pela Rádio 106 Fm em Olinda-PE até para absorver outras culturas.
Já apresentando um programa matinal na emissora me deparo com outra febre modistica a do “Brega Pop” que diferente da insurreição paraíbana tinha vários lideres como Banda Labaredas, Camelô, Brega.com entre outras. A diferença vai além do ritimo em questão, no movimento da terra do Leão do norte, a palavra de ordem é o amor, desde o relacionamento que da certo ao mal do chifre. Na Paraíba os Forrós falam da mulher como objeto e de maneira muitas vezes machista. Pensando nisso eu me pergunto – Cadê aquele movimento feminista da década de 80 que transformou a nação garantido os direitos iguais das mulheres?
Esta semana conversava sobre os modismos com meu amigo e colega da época da 106 Fm Beto Costa pelo Msn, ele me relatou que o brega lá saiu de moda, não que tenha acabado pois o brega é uma filosofia de vida para muitos, mas, aquela coisa de toda esquina ter uma banda acabou. Ai me vem outro questionamento – Porque o Forró fuleragem persiste?
Muitos colegas meus diriam é porque toca na rádio direto, outros diriam que os shows são cheios de mulheres além das bailarinas com roupas curtissímas, e, antes que alguns deles digam “tu não gosta é da fruta”, eu respondo gosto sim e sou admirador delas e, vou mais além o que seria de nos homens sem elas? O que eu não concordo é com essa cultura de apelo sexual, de letras que falam nada e com profunda falta de inteligencia.
E respodendo a questão da persistencia eu digo, a culpa é das proprias rádios em coluio com os empresários dessas bandas. Ai vai a dica pra quem está querendo que sua banda bombe, vá até o dirigente da emissora e pague um periodo de execussão das musicas do seu artista, depois desse periodo os ouvintes terão a leda impressão que sua canção é a melhor do mundo. (mesmo com aqueles gritos irritantes do tipo “Riquelme...” ou “Solanja”)
Pratica repudiada por muitos como Lobão combatente veemente deste mercado e vende suas obras no mercado alternativo e sem divulgação em emissoras.
Não digo com isto que todas as emissoras fazem isso e que todos estes empresários usem este tipo de acordo comercial, mas, digamos sua maioria sim, o que tira de você meu amigo a opção de escutar o que quer, e até de matar as saudades do bom e velho Forró de Luiz Gonzaga, Trio Nordestino e Marinez.
É por essas e por outras que clamo - “Por favor quero descer do Avião.”
Marcos Cunha
Radialista Profissional, apresentador do Jornal Cidade(Difusora Canaã), Expresso das 8 e Dance Mix(Diário Web).
marcos@diariodeitabaiana.com.br
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